Por Itasat
Recuperado de uma grave lesão no joelho esquerdo sofrida no fim do ano passado, o meia Robinho vem se preparando para quando o futebol for retomado. Com o elenco de 'férias forçadas' desde o dia 1º abril, devido à pandemia do coronavírus, o jogador contou, em entrevista, que está treinando em casa com o lateral-direito Edilson.
Robinho também reclamou que o isolamento social “não tem sido fácil” para ele. “Não estou fazendo muita coisa, estou ficando dentro de casa mesmo. Estou fazendo o que as autoridades estão pedindo. Saio somente para treinar na casa do Edilson ou na minha casa. O Edilson vem aqui, a gente faz o trabalho com o preparador físico amigo meu que está ficando comigo nesse tempo”, disse.
Após passar por cirurgia em dezembro para reconstruir o ligamento colateral medial e outro ligamento, responsável por estabilizar a patela, Robinho voltou a jogar no dia 12 de março, na derrota do Cruzeiro por 2 a 0 para o CRB, em pleno Mineirão, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil.
O meia foi um dos cinco jogadores que aceitaram a readequação salarial para permanecer no Cruzeiro em 2020 para a disputa da Série B do Campeonato Brasileiro. Em meio à recuperação da cirurgia no joelho, no início do ano, Robinho tomou a decisão de ficar na Toca da Raposa, mesmo após o rebaixamento, e explicou o motivo.
“A gente teve que adaptar novamente o salário. Quem conversou foi o meu empresário. Eu me preocupei nesse momento em me recuperar. Já tinha passado para eles que eu gostaria de ficar por tudo que aconteceu no ano passado. Me sinto um dos culpados, como todo mundo deveria ter se sentido”, afirmou.
“Claro que eu me sinto culpado, porque eu estava no grupo e poderia ter feito alguma coisa a mais e não fiz. Nisso eu me sinto culpado. Não que caiu porque causa de mim”, completou.
Robinho se machucou na derrota por 2 a 0 para o Grêmio, em Porto Alegre, pela penúltima rodada do Brasileirão, em um lance em que quase marcou o gol do Cruzeiro quando a partida ainda estava empatada. Segundo ele, foi neste momento que viu que o time seria mesmo rebaixado. Até então, o meia acreditava que dava para se livrar da queda.
“Em nenhum momento eu achei que a gente fosse cair. Porque, como o Cruzeiro é muito grande, a gente tem a expectativa de ‘ah, a gente precisa de duas vitórias, a gente vai ganhar dois jogos’. Foi adiando, adiando, adiando. Eu realmente vi que a gente ia cair no jogo contra o Grêmio. Quando eu bati aquela bola que o cara tirou em cima da linha e eu machuquei, ali eu vi que dificilmente a gente ia permanecer na Série A”, finalizou.