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Wagner não vê problema em uso de dinheiro do Cruzeiro e pede para não ser bode expiatório

Gastou dinheiro do Cruzeiro

25/04/2020 09h41
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Por Itasat

O ex-presidente do Cruzeiro Wagner Pires de Sá divulgou uma nota nesta sexta-feira para justificar os gastos com o cartão corporativo do clube, noticiados pela imprensa nessa quinta (23). Entre as despesas estão diárias em um hotel de luxo na Bahia durante as férias de janeiro do ano passado.

Segundo o ex-dirigente, o cartão corporativo é usado comumente por empresas para cobrir “eventuais despesas de seus dirigentes enquanto personalidades públicas”. Ele afirmou não ver “absurdos financeiros”, mas a intenção “de determinadas pessoas, que mais uma vez, fazendo uso de métodos baixos e rasteiros, buscam denegrir a minha imagem pessoal com nítido intuito político.”

O antigo mandatário celeste disse que a relação de gastos é um documento apenas de “interesse interno” e que a divulgação dele é um “ataque rasteiro” com “viés de vingança e inveja cuja contenda, caso houvesse” poderia ser “facilmente resolvida em casa”.

De acordo com ele, ações como essas foram o motivo do rebaixamento da Raposa para a Série B. Wagner pediu para não ser usado “como bode expiatório.”

Nessa quinta (23), veio à tona um levantamento feito pelo clube que mostra gastos de R$ 13.957 do ex-presidente no cartão corporativo do clube em janeiro do ano passado, sendo que parte do dinheiro foi usado em uma viagem a Arraial d’Ajuda, litoral da Bahia. Também houve gastos em restaurantes e com aluguel de carro.

Leia a íntegra da nota do ex-presidente celeste:

O Cartão de Crédito Corporativo foi e é utilizado universalmente pelas empresas brasileiras e internacionais para cobrir eventuais despesas de seus dirigentes enquanto personalidades públicas; obrigados a frequentar e participar de encontros com empresários, autoridades públicas, chefes e diretores de entidades similares e congêneres; obrigados a comparecer em eventos festivos ou não; às vezes obrigados a presentear seus anfitriões promover encontros que indubitavelmente geram despesas.

Numa entidade como o Cruzeiro Esporte Clube, que não remunera seus dirigentes eleitos, criou-se, anteriormente por outras gestões passadas, com muita propriedade, a figura do Cartão de Crédito Corporativo, para exatamente cobrir tais despesas.

Ora, nas reportagens atuais publicadas pela imprensa, consta que em dois anos, janeiro de 2018 a dezembro de 2019, foram gastos através do cartão da presidência a importância de R$75.094,00, o que corresponde a um gasto médio de R$3.125,00 mensais.

Não vejo aí nenhum absurdo financeiro, mas sim, a eminente intenção de determinadas pessoas, que mais uma vez, fazendo uso de métodos baixos e rasteiros buscam denegrir a minha imagem pessoal com nítido intuito político e a clarividente intenção de cobrir com uma cortina de fumaça os reais problemas pelos quais vem perpassando o Cruzeiro por total incompetência em solucioná-los.

Estas atitudes não atingem somente a minha pessoa, mas a instituição maior que é o Cruzeiro Esporte Clube. Foi devido a estes ataques rasteiros, expondo documentos de interesse apenas internos da instituição, com viés de vingança e inveja cuja contenta, caso houvesse, certamente poderia ser facilmente resolvida em casa, que levou o clube a situação extrema de rebaixamento para a Série B.

O problema maior do Cruzeiro são suas dívidas acumuladas através de diversos anos passados sobrevivendo neste sistema inviável do futebol brasileiro. Portanto, mais uma vez, não me usem como “bode expiatório”.