Por Itasat
O vice-presidente do Atlético, Lásaro Cândido da Cunha, afirmou nessa terça-feira (5) que a pandemia de covid-19 atrapalhou o clube a divulgar o balanço financeiro do ano passado, que deveria ser publicado até quinta-feira (30).
“Recebi do presidente (Sérgio Sette Câmara), vindo da diretoria financeira, [a informação de] que o balanço tem que incluir janeiro, por causa do chamado fato relevante, a venda do shopping (50,1% Diamond Mall). Essa inclusão estava sendo elaborada. No meio desse assunto veio a pandemia e impossibilitou a conclusão no prazo”, explicou.
A data-limite era 30 de abril, determinada pela Lei Pelé, que prevê como punição para o descumprimento o “afastamento de seus dirigentes; e a nulidade de todos os atos praticados por seus dirigentes em nome da entidade, após a prática da infração, respeitado o direito de terceiros de boa-fé”. A pena seria aplicada contra o presidente do clube e o dirigente que praticou a infração. A divulgação após o prazo também fere a lei do Profut.
No entanto, o vice alvinegro não acredita que uma sanção será aplicada. Ele argumentou que, neste período de isolamento social, prazos de diversos setores têm sido flexíveis. Lásaro cita que o clube foi prejudicado na elaboração do balanço por ter paralisado as atividades.
“O poder público não pode exigir que uma instituição impedida de alocar os seus recursos humanos plenamente cumpra prazos. Uma discussão sobre aplicação de multa eu classifico como indevida. A informação que eu recebi da presidência é de que estão concluindo [o balanço] para publicar o mais rápido possível”, disse.
Paz e amor
Questionado sobre os desentendimentos públicos nos últimos dias entre o presidente do Galo, Sérgio Sette Câmara, e o ex-presidente do Atlético e atual prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil, Lásaro manteve o discurso pacífico que fez no Twitter na sexta-feira (1).
“No futebol e na política, uma faísca é fogo. Eventuais estranhamentos são normais. As pessoas refletem sobre determinadas questões de pontos de vistas diferentes, e isso é até salutar. O que eu venho ponderando é que o clube depende de todas as grandes lideranças para, unidas, a gente vencer um momento muito difícil da vida nacional e do clube em face da pandemia”, declarou.
Nesse domingo (3), o próprio presidente minimizou o conflito e disse respeitar Kalil.