Por Itasat
Uma dívida de cerca de R$ 26 milhões bate à porta do Cruzeiro e precisa ser paga até 31 de maio para o clube não correr o risco de ser punido pela Fifa. Em meio à crise financeira, a Raposa tenta se livrar deste problema, um dos que tiram o sossego do presidente, José Dalai Rocha, e do Núcleo Dirigente Transitório.
“Uma dose extra de Rivotril (remédio tarja preta para dormir) para a gente continuar vivo no outro dia e minimamente descansado”, afirmou Dalai, fazendo uma metáfora sobre o sentimento da direção em relação aos débitos do clube de forma geral.
A dívida está relacionada às contratações do zagueiro Caicedo (2017), do volante Denilson (2016) e do atacante Willian (2013). O mandatário lembra que se trata de um problema de anos atrás (da gestão de Gilvan de Pinho Tavares) que caiu no colo da atual administração, mas ressalta a necessidade de resolvê-lo antes da posse do presidente que for eleito.
“Não podemos deixar esse ônus terrível para a próxima direção do clube, porque ela vai assumir no dia 1º [de junho], e a dívida tem que ser paga até 31 de maio. Estamos lutando em várias frentes para levantar dinheiro com essa emergência toda”, declarou, referindo-se à dificuldade de conseguir melhorar o caixa em meio à pandemia de covid-19.
“As despesas continuam e as receitas estão suspensas. Isso acontece com toda empresa, todo clube de futebol, mas nenhum deles pegou dois coronavírus. Nós pegamos o coronavírus Wagner e depois o coronavírus genuíno. Um estrago tremendo. É uma preocupação diuturna minha e do conselho gestor fazer o máximo possível para deixar alguma coisa pelo menos administrável para quem virá em seguida”, disse.