Por O Tempo
Após mais de dois meses de atividades suspensas, muitos lojistas voltaram a abrir as portas nesta segunda-feira (25), primeiro dia de retomada gradual do comércio em Belo Horizonte. No centro da capital, a movimentação de pessoas era grande pela manhã. Em várias das lojas reabertas, havia filas de clientes nas ruas, e a expectativa dos comerciantes, após um período de perdas e demissões, é positiva. Apesar de a prefeitura permitir a abertura de um grupo específico de lojas, em horários determinados, muitos estabelecimentos seguem funcionando na cidade sem autorização, como os que vendem roupas e calçados.
Em uma loja de cosméticos na avenida Afonso Pena, os funcionários mudaram a rotina de trabalho para a reabertura: há controle de entrada de clientes, disponibilização de álcool em gel para todos, sinalização do espaço para garantir o distanciamento entre clientes e higienização reforçada. Segundo o gerente do estabelecimento, William Charles, houve cortes de 30% da equipe durante o período de fechamento. “Estamos com boa expectativa de retomada. Acreditamos que muita gente ficou em casa, precisando das coisas, e que, agora, esses clientes que não tiveram oportunidade de comprar nesse período de quarentena vão retornar e fazer as compras”, afirma.
Um comércio que vende lãs e aviamentos na rua Curitiba teve filas de clientes na rua. Só são permitidos três consumidores por vez dentro da loja, sempre de máscara. “Eu fico apreensivo por causa de aglomeração, mas a expectativa é vender, porque tem muita gente precisando de produtos de qualquer segmento que ficou fechado. Queremos dar andamento, não como era antes, mas pelo menos para manter as despesas”, conta o gerente, Lucas Gama. Segundo ele, a loja está tendo muita demanda de material para a confecção de máscaras.
Nesta segunda-feira, podem voltar a funcionar na capital, com horário definido, lojas como as que comercializam artigos de cama, mesa e banho, móveis, tecido, artigos de papelaria e livraria, brinquedos e cosméticos, entre outras.
A prefeitura estabeleceu uma série de medidas sanitárias que os comércios devem cumprir para evitar o avanço de casos de coronavírus na cidade. Uma delas é a limitação de público dentro dos estabelecimentos. Os lojistas precisam garantir a permanência de apenas uma pessoa a cada 5 metros quadrados dentro do ponto de venda, considerando público e funcionários.
Aparelhos de ar-condicionado devem permanecer desligados, e a realização de promoções está proibida, já que elas aumentam o risco de aglomerações nas lojas. O uso de máscaras permanece obrigatório, tanto para clientes quanto para colaboradores.
Veja os horários permitidos para funcionamento das lojas:
Artigos de bomboniere e semelhantes - 7h às 21h
Artigos de iluminação - 11h às 19h
Artigos de cama, mesa e banho: 11h às 19h
Utensílios, móveis e equipamentos domésticos, exceto eletrodomésticos e equipamentos de áudio e vídeo: 11h às 19h
Tecidos e armarinho: 11h às 19h
Artigos de tapeçaria, cortinas e persianas: 11h às 19h
Produtos de limpeza e conservação: 11h às 19h
Artigos de papelaria, livraria e fotográficos: 11h às 19h
Brinquedos e artigos recreativos: 11h às 19h
Bicicletas e triciclos, peças e acessórios: 11h às 19h
Cosméticos, produtos de perfumaria e de higiene pessoal: 11h às 19h
Veículos automotores: 8h às 17h
Peças e acessórios para veículos automotores: 8h às 17h
Pneumáticos e câmaras-de-ar: 8h às 17h
Comércio atacadista da cadeia de comércio varejista da fase 1: 5h às 17h
Cabeleireiros, manicure e pedicure: 7h às 21h
Centros de comércio popular instituídos a qualquer tempo por operações urbanas visando a inclusão produtiva de camelôs, desde que localizados no hipercentro ou em Venda Nova: 11h às 19h