RR MÍDIA 3
Coperlidere
No Santa Lúcia

Polícia Civil acredita que queda de criança de 9 anos de prédio em BH tenha sido acidente

Um inquérito foi aberto para investigar o caso e pais da criança vão ser ouvidos ainda esta semana

20/08/2020 09h10
Por:

Por Itasat

A Polícia Civil deve ouvir ainda esta semana os pais da criança de 9 anos que morreu ao cair do quarto andar de um prédio na avenida Arthur Bernardes, no bairro Santa Lúcia, região Centro-Sul de Belo Horizonte, nesta quarta-feira (19). 

No final da tarde, o delegado Vinícius Dias, da 3ª Delegacia de Polícia Civil Sul, atendeu a imprensa. Ele afirmou que foi achado vestígio de sangue na cozinha do apartamento da família, mas até o momento a perícia não encontrou nada que aponte que a criança tenha sido vítima de um crime.

“Diante das investigações preliminares constata-se, inicialmente, que a criança se jogou pela janela. Inicialmente, seguimos a primeira linha de investigação, que seria um acidente. A criança estava nervosa em virtude de uma briga que teve com a mãe no período da manhã. Ela (criança) teria se trancado no quarto porque a mãe retirou o computador, que era uma das diversões que tinha nesse período de pandemia. Em seguida, a criança serrilhou a tela de proteção da janela e veio a despencar de uma altura de 13 metros”, explicou o delegado. 

Vinícius Dias, que conduz a investigação, explicou que a secretaria da casa foi a primeira pessoa a ser ouvida quando a polícia chegou ao prédio. 

“No momento que a equipe da Polícia Civil chegou ao local, foi constatado que a mãe tinha acabado de sair com a avó do garoto para acompanhar ela ao médico. Estavam na residência apenas a empregada doméstica e a criança. A empregada doméstica contou ter presenciado uma discussão da mãe com a criança sobre a utilização de computador em excesso. A criança teria ficado insatisfeita porque a mãe tirou a CPU do quarto dela. A partir desse momento, o garoto tentou sair do prédio. Ele foi impedido pelo porteiro, que chamou a empregada para recolher a criança”, contou o delegado.

De volta ao apartamento, insatisfeito, o garoto se trancou no quarto. “A vítima ficou no quarto. Insatisfeito, o garoto arrastou a cadeira para próximo da janela. Em seguida, com uma tesoura escolar, ele cortou a tela. Ele não se apoiou no parapeito da janela. A criança, ainda na cadeira, teria colocado a cabeça para fora e possivelmente deve ter se desequilibrado. Ele caiu de uma altura de 13 metros”, contou Vinícius Dias. 

No momento da queda, a empregada estava na cozinha e fazia o almoço da família. Sobre o sangue encontrado, o delegado informou que esse material vai passar por exames. “Vai ser realizado uma perícia no sangue que foi recolhido para saber se era da empregada, se era do menino ou dos outros moradores da residência. Existem impressões digitais na tesoura. Então vamos fazer o exame também. Não temos nada que leva a crer que a criança tenha sido jogada”, afirmou o delegado.