Apreensão de drogas nas rodovias mineiras cresce em relação a 2019; maconha e cocaína se destacam

Por Itasat

A disparada da apreensão de drogas neste ano é reflexo da menor quantidade de veículos circulando pelas rodovias em Minas, por causa da pandemia de covid-19, e da fiscalização ainda mais rigorosa. É o que mostra o balanço feito Polícia Rodoviária Federal (PRF) nesta sexta-feira.

Um exemplo está na cocaína. Até agosto, as apreensões já somam o triplo do mesmo entorpecente apreendido em 2019. “É uma droga extremamente cara. Isso vem demonstrar que o tráfico está tentando passar cada vez mais drogas pelas fronteiras do país e dos estados, mas a PRF está bastante atenta a isso”, diz o porta-voz da PRF em Minas, inspetor Aristides Júnior.

A maconha continua liderando o ranking das drogas mais apreendidas. “É uma droga que tem um preço mais acessível. O fato da proximidade do Brasil com o Paraguai, que é o maior produtor, também contribui. Então, as apreensões de maconha geralmente ocorrem em quantidades bem maiores do que as demais drogas”, afirma.

Nesta sexta-feira, a PRF apreendeu cerca de duas toneladas de maconha na BR-040, em Sete Lagoas, na região Central de Minas. Segundo a polícia, a droga, que era transportada em uma caminhonete, vale cerca de R$ 2 milhões.

O veículo recebeu ordem de parada porque trafegava com o farol queimado. Em conversa com os agentes, o motorista, de 33 anos, disse que saiu do interior do Mato Grosso do Sul, que estaria levando a droga para Belo Horizonte e que receberia R$ 3 mil pelo transporte.

Segundo o inspetor, já são 170 pessoas detidas de janeiro a agosto deste ano, número maior se comparado a 2019, que teve 158 prisões.

Aristides reconhece que a pandemia contribui para aumentar as apreensões, visto o menor número de carros, mas ele enumera outros fatores que também ajudaram. “O crescimento da área de fiscalização da PRF, a criação dos grupos táticos e o trabalho integrado entre as áreas de inteligência e operacionais da PRF, eu diria que foram os principais fatores para esses aumentos significativos que estão correndo ano a ano”.