Por Itasat
Dos 29 mandados de prisão cumpridos durante a operação 'Alegria', deflagrada nesta quinta (8), pela Força Integrada de Combate ao crime Organizada (FICO), em Minas Gerais, seis foram contra advogados e quatro contra policiais penais.
Entre os presos, estão o advogado Fábio Piló, o ex-diretor da Penitenciária Nelson Hungria, Rodrigo Malaquias e um delegado da Policia Civil.
Entenda
A operação Alegria foi deflagrada em 15 cidades mineiras, entre elas, Belo Horizonte, e visa combater a uma organização criminosa que estaria agindo dentro dos presídios de Minas.
O esquema, segundo as investigações, funcionava da seguinte forma: advogados e servidores públicos negociavam a compra e venda de vagas no sistema prisional, entre pavilhões e alas. Presos de alta periculosidade conseguiam ate diminuir o nível de perigo e assim passavam a ter benefícios.
Tudo isso mediante um pagamento, que era distribuído entre os advogados e servidores, segundo o delegado da Policia Federal, Alexsander Castro.
"A operação investigou uma organização criminosa liderada por advogados e servidores públicos que negociavam a venda de vagas em presídios e dentro de presídios mediante pagamento. Isso demonstra uma certa fragilidade, demonstra um certo descuido com o sistema penitenciário, que vem sofrendo com a falta de verbas há um tempo", afirma.
Posicionamentos
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e o Departamento Penitenciário de Minas Gerais, afirmam que não compactuam com quaisquer desvios de conduta dos seus servidores.
Ainda segundo a Sejusp, "a secretaria tem atuado, com prioridade e dentro do que prevê a lei, no combate a ações criminosas e no flagrante e investigação de posturas inadequadas com a conduta esperada de um profissional da segurança pública".