Por Itasat
A Polícia Civil concluiu o inquérito que investigou o golpe conhecido por “sapatinho", aplicado na cidade de Buenópolis, no Norte de Minas, em agosto do ano passado. Ao todo, seis pessoas foram presas por envolvimento no crime.
O golpe do “sapatinho” ocorre quando o gerente de uma agência bancária é feito como refém junto com a família ao longo de toda a madrugada. Na manhã seguinte, o trabalhador é obrigado a seguir para o banco, enquanto a família dele fica com os criminosos. Acompanhado de um dos bandidos, o gerente é orientado a retirar o dinheiro da agência e passar para a quadrilha.
No crime aplicado no ano passado na cidade de Buenópolis, sete pessoas foram feitas reféns, sendo o gerente do banco, a esposa dele, duas crianças e três vizinhos. Os seis reféns foram levados para Belo Horizonte e só foram soltos depois que o gerente do banco entregou o dinheiro para os criminosos.
Seis suspeitos foram identificados e detidos. A Polícia Civil informou que três deles já estavam presos e os outros três foram detidos em Belo Horizonte, Ribeirão das Neves e em Buenópolis. A titular do Departamento Estadual de Operações Especiais, a delegada Fabíola Oliveira, explica que um dos autores desse golpe foi identificado em agosto desse ano e é suspeito de envolvimento em um outro crime parecido.
“Um dos autores desse caso foi identificado, em agosto deste ano, e foi preso no estado do Espírito Santo em virtude de um mandado de prisão temporária contra ele. O suspeito não pode ser trazido para Minas Gerais por que contra ele também haviam mandado de prisão em aberto por causa de um crime de extorsão mediante sequestro ocorrido no Espírito Santo. No momento da prisão, ele foi flagrado pelo crime de tráfico de drogas e foi dado continuidade às investigações”, explica a delegada.
A partir daí, a Polícia Civil identificou os outros cinco envolvidos. “Os outros cinco participantes foram qualificados e suas condutas foram individualizadas. Dois estavam presos na época do crime, sendo um identificado como chefe da quadrilha e arquitetou o crime. O outro detido no sistema prisional também entrou em contato com o os suspeitos que estavam do lado de fora executando o crime. Cada um teve um papel a ser nessa associação criminosa”, afirma.