Por Itasat
Os dois homens acusados de atirarem contra um investigador da Polícia Civil durante uma operação no dia 18 de janeiro de 2020, na Cabana do Pai Tomás, na região Oeste de Belo Horizonte, foram indiciados por homicídio qualificado contra um agente de segurança pública. A dupla também vai responder por porte ilegal de arma de fogo, tráfico de drogas e associação para o tráfico.
A informação foi confirmada pelo delegado Domênico Rocha, que coordenou a investigação, e que explicou que o ataque aos agentes se deu durante uma ação contra homicídios ocorridos na área.
“Durante diligências investigativas do Departamento de Homicídios, uma equipe, composta por 3 policiais, foi recebida a tiros próximo a um ponto de venda de drogas. Eles estavam em uma viatura descaracterizada, perceberam que os suspeitos estavam armados e anunciaram que eram policiais. No momento em que fizeram essa verbalização, os criminosos sacaram as armas e fizeram vários disparos contra eles”, lembra o delegado.
Um investigador chegou a ser atingido no pescoço. Ele foi foi socorrido e precisou ser internado. “Milagrosamente, ele saiu ileso desse sinistro. O projétil transfixou o pescoço dele e por apenas 2 milímetros não atingiu a coluna vertebral, o que o colocaria em um estado vegetativo”, explica Domênico Rocha.
Após o atentado, uma grande operação foi montada na área da comunidade da Cabana do Pai Tomás. A ação realizada no mesmo dia contou com o apoio da Polícia Militar. Um suspeito, de 19 anos, foi preso no mesmo dia ao dar entrada no mesmo hospital em que estava sendo atendido o investigador.
Entre os dias 18 e 22 de janeiro, a Polícia Civil deflagrou a operação “Vidas de Policiais Importam”. Dessa forma, neste período, agentes da segurança pública estiveram várias vezes na comunidade Cabana do Pai Tomás e conseguiram apreender diversos materiais ilícitos.
“Essa foi uma clara resposta da Polícia Civil e da sociedade à criminalidade. Foram apreendidas quatro armas de fogo e drogas. Também conseguimos descobrir a localização de um laboratório de drogas”, esclareceu o delegado.
Com essas operações, a polícia acredita que o segundo envolvido no crime tenha se sentido pressionado. Isso porque, no dia 23 de janeiro, o homem, de 23 anos, se apresentou à Polícia Civil.
O inquérito policial foi concluído e vai ser encaminhado à Justiça. Caso sejam condenados, os dois podem pegar mais de 40 anos de prisão.