Por Itasat
Em entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (16), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), admitiu que o sistema de saúde do Estado "entrou em colapso", em decorrência da pandemia de covid-19. Segundo ele, embora seja possível ampliar o número de leitos no Estado, não há a quantidade necessária de profissionais de saúde para atuar neste momento.
"Dá para ampliar a capacidade [de leitos nos hospitais]. Mas não existe profissionais e todos estão exaustos. Há um ano, profissionais de saúde tem se dedicado de corpo e alma e hoje eles não têm mais disponibilidade. Já foram chamados por todo o Brasil, por todo o mundo e hoje temos essa limitação", explicou.
"Começamos a assistir cenas de horror. Pessoas clamando por atendimento e não temos vagas nas unidades de saúde. Não queremos que Minas Gerais seja palco das cenas mais tristes que já vimos nos últimos tempos", completou.
Isolamento social
O governador justificou a adoção da onda roxa do programa Minas Consciente para todo o Estado, dizendo que está sendo "obrigado" a escolher entre a vida e a morte.
Nessa fase, que, a princípio, tem duração de 15 dias, só é permitido o funcionamento de serviços essenciais e a circulação de pessoas fica limitada aos funcionários e usuários desses estabelecimentos.
"Nosso sistema de saúde entrou em colapso. Mais pessoas procuram os hospitais do que nós temos capacidade de atendimento e não temos outra alternativa a não ser colocarmos um teto no número de casos [de covid-19]. A única medida que existe até hoje é a vacinação, que está em andamento, mas em passos lentos, e também o isolamento social. Nós estamos sendo obrigados a optarmos entre continuar vivendo como se nada estivesse acontecendo ou termos um isolamento para salvarmos muitas vidas e eu sou favorável a salvar vidas", afirmou.