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Na mira

Casa de mulher suspeita de vacinar empresários em garagem de ônibus em BH é alvo da PF

Agentes da Segurança pública cumprem mandados de busca e apreensão no imóvel localizado no bairro Itapuã, na região da Pampulha

31/03/2021 09h52
Por:

Por Itasat

A casa que seria da cuidadora de idosos suspeita de vacinar empresários e políticos na garagem de uma empresa de ônibus da capital na última semana foi alvo de uma operação da Polícia Federal (PF) na tarde desta terça-feira (30). 

O imóvel, que fica localizado no bairro Itapuã, na região da Pampulha, em Belo Horizonte, foi alvo de cumprimento de mandados de busca e apreensão.

Investigação

A Polícia Federal trabalha com três linhas de investigação: de vacinas falsas, importadas ilegalmente e vacinas desviadas do Ministério da Saúde.

Na residência, localizada no bairro Itapuã, na região da Pampulha, agentes da PF aprenderam e encontraram nesta terça-feira soro, ampolas e seringas. 

O material foi apreendido e a suspeita foi encaminhada até a Delegacia da Polícia Federal para prestar esclarecimentos. Além dela, o filho da enfermeira também foi levado, já que há suspeita que ele tenha participado da comercialização e aplicação das vacinas de origem ilícita. 

Um homem que seria motorista da enfermeira também foi encaminhado à sede da PF para prestar depoimento por suspeita de envolvimento no crime. 

Além do imóvel da família, a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em uma clínica de Belo Horizonte. 

Suspeita 

A mulher, que tem passagem por furto, também teria comercializado essas vacinas ilegais para outras pessoas, além dos investigados nesse caso.

A operação contra a suspeita é fruto de uma investigação que teve início após a publicação de uma reportagem da revista Piauí, publicada no dia 24 de março. A matéria revelou um grupo de 50 pessoas sendo imunizado clandestinamente durante à noite em uma das garagens de empresas de ônibus de Belo Horizonte.

Por meio de vídeo registrado no dia da vacinação, foi possível comprovar a imunização ocorrida às escondidas. 

A Polícia Federal já esteve na garagem, que foi transformada em “ponto de vacinação” desses empresários, familiares e políticos. Alguns materiais foram recolhidos e a investigação continua para tentar identificar como o grupo conseguiu comprar a medicação.