Por Itasat
A defesa do empresário Gustavo de Almeida Veloso deve impetrar na Justiça nos próximos dias um mandado de segurança solicitando acesso ao inquérito que investigou a morte de Hilma Balsamão de Moraes, de 38 anos, administradora de imóveis que morreu após cair da cobertura do apartamento de empresário em novembro do ano passado, no bairro Castelo, região da Pampulha, em Belo Horizonte.
A morte chegou a ser registrada como suicídio, mas a família de Hilma contestou o laudo e o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) abriu inquérito para investigar o que realmente aconteceu. As investigações correram em segredo de Justiça e foram concluídas no final de fevereiro.
De acordo com o advogado Gustavo Americano, mesmo com a conclusão da investigação até hoje a defesa do empresário não teve acesso a conclusão do processo.
“Após o depoimento de uma das últimas testemunhas, a defesa do Gustavo Veloso, apesar de ter comparecido por diversas vezes no DHPP, apesar de ter feito diversas solicitações, não teve acesso a nenhuma diligência que foi documentada no procedimento, não teve acesso ao resultado da perícia e ao resultado da reprodução simulada dos fatos. Nós procuramos por quatro vezes o DHPP para ter acesso a esse relatório conclusivo das investigações e em nenhuma das quatro vezes nós obtivemos êxito.”
O advogado informou ainda que também enviou e-mails ao poder Judiciário solicitando acesso a conclusão da investigação e também não obteve retorno.
Em nota, a Polícia Civil informa que já concluiu o inquérito e encaminhou o poder Judiciário e que em nenhum momento houve impedimento de acesso aos autos pela defesa.
Relembre
Hilma Balsamão de Moraes morreu no dia 20 de novembro do ano passado após cair da cobertura do empresário Gustavo de Almeida Veloso.
De acordo com informações dos familiares da mulher, ela e o empresário namoravam. Segundo informou a Polícia Militar, testemunhas contaram que o homem só decidiu descer do apartamento uma hora após a queda de Hilma. Aos militares, o empresário alegou que a mulher teria tentado manter uma relação amorosa com ele naquele dia. Como ele não teria aceitado, ela teria subido no parapeito do prédio e caído.
Conforme o boletim de ocorrência, vizinhos alegam ter ouvido um barulho de discussão vindo do imóvel, onde era realizada uma festa, e depois um estrondo, tendo se deparado com o corpo na área privativa de um apartamento.