Por Itasat
Só em 2021, a Polícia Civil registrou 50 arrombamentos de veículos no bairro Buritis, na região Oeste de Belo Horizonte. O número chamou a atenção dos policiais da 4º Delegacia do Barreiro, que iniciou uma investigação e constatou que os crimes não eram aleatórios. O inquérito apontou que os furtos eram efetuados por uma organização criminosa.
O chefe do grupo, que é conhecido como "Alibaba" e mora no Aglomerado da Serra, na região Centro-Sul da capital, foi preso nessa segunda-feira (17). Além dele, a Polícia Civil conseguiu chegar até uma empresária da cidade de Teófilo Otoni, que conforme as investigações, comprava os produtos furtados e depois revendia. Ela era a principal receptadora dos produtos furtados.
O delegado Rômulo Dias explica como a Polícia Civil conseguiu chegar até o grupo. "Nós conseguimos identificar um aumento de furtos a veículos na região. Ou seja, um aumento daquele arrombamento que o proprietário esquecia algum bem dentro do veículo e, quando voltava, o vidro estava quebrado e o bem já tinha sido levado. Conseguimos identificar que esse aumento não foi provocado por furtos aleatórios. Existia uma organização criminosa, que efetivamente estava organizada a fim de praticar esses tipos de crimes na região", detalha.
Ele completa: "Conseguimos identificar quem executava os arrombamentos, quem dava as ordens, quem angariava essas pessoas para subtrair os bens e quem comprava os bens subtraídos. Conseguimos prender esse chefe da organização no momento em que ele estava com essa empresária na casa dele no Aglomerado da Serra".
Com os dois suspeitos, os policiais conseguiram apreender 15 notebooks, tablets, joias, dois veículos e outros materiais que seriam fruto de furtos. Um dos notebooks recuperados foi avaliado em R$ 30 mil.