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Confusão

Policial militar é preso suspeito de espancar motorista de aplicativo na Grande BH

Confusão teria começado após esposa do cabo se recusar a usar máscara dentro do carro do aplicativo

31/05/2021 08h46Atualizado há 4 anos
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Por Itasat

Um policial militar foi preso nesse domingo (30), suspeito de espancar um motorista de aplicativo em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo informações da PM, a confusão teria começado após a esposa do policial, um cabo do 35º batalhão, supostamente ter se recusado a usar máscara dentro do carro de aplicativo. 

A mulher também teria discutido com o motorista. No meio do bate-boca ela teria ofendido verbalmente o trabalhador e dito várias vezes que o marido era policial e acostumado a bater nas pessoas na rua. A passageira embarcou com a filha no bairro Cristina e iria até o bairro Belo Vale.

Ao chegar no destino as passageiras entraram na casa, o motorista começou a manobrar para ir embora e foi quando o marido da mulher começou a persegui-lo com a arma de fogo apontada pela janela do carro. O cabo da PM teria fechado o motorista, descido do veículo e o golpeado com várias coronhadas no rosto. 

 

Em entrevista à Itatiaia, o motorista, de 38 anos, conta o que ocorreu. “A passageira estava sem máscara e eu questionei, ela falou que não estava com máscara e que não ia usar. Minutos depois a filha veio e [falou] ‘mãe tenho duas máscaras aqui’. Ela não usou, colocou a máscara do queixo e aí achou que foi agressivo da minha parte cobrar a máscara, sendo que o aplicativo informa que tem que usar. Ela foi reclamando da viagem do início até o final. Eu falei que eu discordava dela e que eu estava trabalhando”, relembra.

O motorista diz que minutos após as passageiras desembarcarem viu um carro buzinando e piscando farol e logo em seguida foi fechado pelo veículo. “Esse carro pareou com o meu e o indivíduo com a arma em punho, apontou a arma para mim falando que se eu não parasse ele ia atirar em mim. Eu fiquei assustado, acelerei, ele acelerou mais e jogou o carro na minha frente. Para não bater eu freei. Ele já veio me agredindo, primeiro com a ponta do revólver”, conta.

Os envolvidos trocam acusações: o motorista disse que o cabo teria jogado cápsulas de balas de arma de fogo em seu veículo para incriminá-lo. Já o cabo teria dito a PM que fez isso pois o motorista teria mexido com sua mulher. O motorista nega. “Em momento algum isso aconteceu. Eu tenho três anos aplicativo, nunca tive nenhuma reclamação.”

O cabo da PM suspeito das agressões teria outros processos na Justiça. Ele não quis falar com a imprensa. O suspeito foi encaminhado à delegacia de plantão de Santa Luzia.