Por Itasat
A Polícia Federal (PF) abriu um inquérito para investigar se o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), praticou crime de prevaricação no caso envolvendo o acordo de compra da vacina indiana Covaxin. A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura do inquérito, pedido pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
A decisão é fruto de uma notícia-crime contra Bolsonaro apresentada pelos senadores de oposição Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (Rede-ES) e Jorge Kajuru (Podemos-GO). Eles se baseiam no depoimento do servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda à CPI da Covid no Senado. Segundo Luis Ricardo, ele sofreu pressão "incomum" para finalizar a tramitação da compra da Covaxin, produzida pelo laboratório indiano Bharat Biotech, mas vendida ao Brasil por meio da intermediária Precisa Medicamentos.
Além disso, o deputado Luis Miranda (DEM-DF), irmão do servidor e que também depôs à CPI, disse ter denunciado as suspeitas de irregularidades ao próprio Bolsonaro ainda em março, mas o presidente não teria tomado nenhuma atitude — prevaricação é o crime praticado pelo agente público que deixa de realizar ato de ofício, como denunciar casos de corrupção.