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Polícias fazem operação de combate à corrupção no sistema penitenciário de Minas

Investigação descobriu esquema de favorecimento de detentos

05/08/2021 10h40
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Por Itasat

Uma força-tarefa deflagrou na manhã desta quinta-feira (5), a Operação Panóptico, de combate à corrupção no sistema penitenciário de Minas. O objetivo é cumprir 23 mandados de prisão preventiva e 54 de busca e apreensão, além de cinco medidas cautelares de afastamento de funções públicas.

A operação é coordenada pela Polícia Federal (PF) e conta com o apoio das políciais Civil, Militar, Penal Estadual e Penal Federal.

A investigação começou após a apreensão de uma barra de maconha e de um celular com um detento na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. No aparelho telefônico foram encontradas mensagens e cópias de comprovantes bancários em favor da esposa de um servidor público.

Na sequência das apurações foi descoberto um esquema de benefícios a presidiários, com a venda de vagas no sistema prisional, dentre outros favorecimentos. Foram confirmadas as participações de policiais penais, advogados, detentos de outros presídios, servidores públicos do departamento penitenciário e do assessor parlamentar de um deputado estadual.

Segundo a PF, os servidores públicos alvos da operação ocupam altos cargos de direção dentro do sistema penitenciário.

Os mandados são cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, Vespasiano, Lagoa Santa, Ribeirão das Neves, Ouro Preto, Patrocínio, Formiga, Muriaé, Francisco Sá e São Joaquim de Bicas (em Minas), além de Mossoró (Rio Grande do Norte) e Viana (Espírito Santo). Em um dos endereços foram encontrados R$ 50 mil; em outro, barras de ouro.