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Operação 'Balada'

PF busca membros de quadrilha de tráfico de drogas e de armas que atuam em Minas e em outros estados

Agentes estão nas ruas de Uberlândia e de cidades de outros nove estados

05/10/2021 09h32
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Por Itasat

Mais de 800 policiais federais estão nas ruas de Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e de cidades de outros estados para cumprir 247 mandados de prisão e 249 mandados de busca e apreensão contra integrantes de uma quadrilha especializada no tráfico de drogas, de armas de grosso calibre e na lavagem de dinheiro. Em sete meses, a organização criminosa teria manipulado 11 toneladas de cocaína. A investigação aponta que movimentação de R$ 2 bilhões.

Batizada de Balada,  a operação também busca o sequestro de bens e bloqueio de contas correntes, expedidos pela 4ª Vara Criminal da Comarca de Uberlândia, nos estados de Minas Gerais, Goiás, Rio de Janeiro, Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Alagoas, Tocantins e Espírito Santo. 

“A organização operava um estruturado esquema de tráfico de drogas e preparava entorpecentes para comercialização, mediante emprego de insumos químicos adquiridos por meio de empresas regularmente cadastradas. No período de sete meses, foram comprados, no mercado regular, insumos capazes de manipular mais de 11 toneladas de cocaína”, informa a Polícia Federal (PF). 

Conforme a PF, a droga era remetida dos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, armazenada no Triângulo Mineiro e, posteriormente, distribuída a várias regiões do país, em especial Minas Gerais, Goiás, Espírito Santo e Rio de Janeiro. 

“As investigações revelaram, também, que o grupo atuava no tráfico ilegal de armas de fogo de grosso calibre. No curso dos trabalhos, foi apreendido um carregamento de oito fuzis e 14 pistolas, em março de 2020, na cidade de Uberlândia. O armamento comercializado pelo grupo era adquirido no Mato Grosso do Sul, transportado para Uberlândia, e, posteriormente, destinado a grupos da região do Triângulo Mineiro, especializados no tráfico de drogas e roubos a banco, bem como a uma facção criminosa estabelecida no Rio de Janeiro. Os investigados utilizavam veículos especialmente preparados para o transporte das armas, com emprego de batedores durante os seus deslocamentos”, detalha a PF,

A investigação da PF aponta que, para esconder a origem criminosa do patrimônio acumulado,  a organização criminosa utilizava um sofisticado esquema de lavagem de dinheiro, com a utilização de empresas de fachada e a aquisição de postos de combustíveis, hotéis, fazendas, imóveis, veículos e embarcações de luxo

“Estima-se que mais de R$ 2 bilhões foram movimentados pelos investigados nos últimos dois anos. As contas bancárias e bens identificados foram bloqueados por determinação judicial, assim como aproximadamente uma centena de imóveis”, diz nota da PF.

Festas de luxo

A operação foi batizada de Balada pelo fato de os investigados ostentarem em redes sociais a organização de diversas festas de luxo, inclusive em outros países, realizando gastos elevados em tais eventos, com uso de iates e carros esportivos.

A operação foi deflagrada com apoio da Polícia Penal da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública do Estado de Minas Gerais, que colaborou com um efetivo de 35 policiais penais, para custódia e transporte dos presos.