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Igreja

Polícia Federal pede ao STJ prisão do padre Robson de Oliveira por desvios de R$ 100 milhões

Investigação teve início após um hacker começar a extorquir e ameaçar expor supostos casos amorosos do religioso

19/11/2021 11h12
Por: Redação

Por Itasat

A Polícia Federal (PF) pediu ao Superior Tribunal da Justiça (STJ) a prisão do padre Robson de Oliveira, investigado por suspeita de desviar R$ 100 milhões da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), em Trindade, em Goiás. A informação foi divulgada nesta sexta-feira. O religioso sempre negou qualquer irregularidade. 

Em nota, o STJ destacou que "não divulga informações sobre ações originárias em segredo de justiça, as quais estão sob o comando dos respectivos relatores, sob pena de prejuízo ao andamento das investigações". Já a defesa do religioso alega que os fatos que embasam o pedido são antigos. Por isso, os advogados entraram com uma representação contra a solicitação da PF. 

Entenda

O padre e outras 17 pessoas viraram réus no processo que apura a denúncia de organização criminosa, apropriação indébita, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro ofertado por fiéis à Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe).

A investigação teve início após um hacker começar a extorquir e ameaçar expor supostos casos amorosos do padre Robson. 

A situação evoluiu para uma denúncia, que resultou em uma investigação para apurar o caso. Durante os levantamentos da polícia, foi identificado desvios de donativos que seriam usados para a construção de uma nova basílica, que ainda está em fase inicial de obras, em Trindade. O valor desviado teria sido usado para a compra de fazendas e casa de praia.  

A investigação aponta o padre como suspeito de comandar uma suposta organização criminosa, que transferia grandes valores da igreja para algumas empresas particulares.

O Tribunal de Justiça de Goiás determinou, em outubro de 2020, que as investigações fossem interrompidas por entender que os crimes não estavam presentes na denúncia dos promotores. O caso foi para o STJ, que manteve a investigação bloqueada em decisão de maio deste ano, entendendo que as provas usadas pelo Ministério Público durante a operação foram compartilhadas de maneira ilegal de outra apuração. O MP recorreu da decisão.