Por Itasat
Em até três semanas, a Ômicron deve se tornar predominante em todo o estado de Minas Gerais. A afirmação foi feita durante entrevista coletiva pelo Secretário de Saúde (SES-MG), Fábio Baccheretti, nesta quinta-feira (13). Porém, ele destaca que o Estado não deve passar pela mesma situação vivenciada na época da Gama, quando registros de mortes diárias eram preocupantes.
"A Ômicron vai disseminar tão rápido que serviços essenciais serão impactados com pacientes", revelou Baccheretti. Ele explicou que, apesar disso, Minas está preparada para uma possível necessidade de abrir novos leitos de enfermaria e de UTI.
“Nossa expectativa ainda é muito positiva em relação aos nossos leitos, já que a saúde pública vai aguentar esse aumento”, garantiu. Baccheretti completou dizendo que em números absolutos os registros de internações são baixos.
“Não tem como se comparar com o que foi vivenciado lá atrás quando não tinha a vacina. Então não deve ter nenhuma surpresa aqui”, disse.
“A Delta aqui não fez cosquinha, ela foi passado. Hoje, a gente não tem a Delta, a gente tem a Ômicron, mas se for necessário a gente consegue abrir mais leitos”, continuou.
No próximo dia 18, Minas completa um ano em que vacinou a primeira pessoa contra a covid-19, e o secretário ressalta que foi o imunizante que “mudou o panorama da pandemia”.
“A gente tem a vacina. A gente percebe claramente que a gente não vai passar nem perto daquela época. A vacina é a cura da pandemia”, afirmou.
“É uma vacina testada em três fases. Temos que celebrar a vacina. Quem não tomou reforço, tome seu reforço, porque só assim você vai se proteger”, pediu o secretário que garantiu que as chuvas não serão obstáculos para a distribuição de vacinas no Estado. “Serão utilizados todos os meios para fazer chegar as vacinas. Obviamente nosso prazo pode passar as 24 horas por causa desses problemas”.
Segundo ele, o Estado também não possui registro oficial de perda de vacina por conta das chuvas e falta de energia. “Se tiver perda física por causa da vacina nós vamos repor imediatamente”.
Outra intenção é aumentar a testagem de pessoas em cidades afetadas pela chuva por causa de abrigos, já que a chance de transmissão é muito grande “Nossa vigilância está de olho para que não haja surtos, que nem houve na Bahia”, concluiu. De acordo com ele, Minas deve receber 1,5 milhão de testes rápidos.