Com Itasat
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) cumpre, na manhã desta terça-feira (30), nove mandados de busca e apreensão contra empregados públicos da Companhia de Energia de Minas Gerais (Cemig) e empresários que tinham contratos de fornecimento com a empresa.
O MP convocou uma coletiva de imprensa hoje, às 10h30, na Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC), que fica no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul de BH, para mais detalhes.
Segundo as primeiras investigações, um grupo de empregados da Cemig atuou com empresários do ramo de produção e revenda de cabos condutores e outros materiais elétricos para fraudar as contratações da Companhia - desde a fase de licitação até a execução dos contratos.
Ao longo de quase dois anos, a ação dos envolvidos favoreceu os fornecedores que, com a intervenção direta de alguns empregados públicos, obtiveram lucro com a entrega de material imprestável à Cemig.
"Foi apurado que a utilização do referido material na rede elétrica gerida pela Companhia, apresentava riscos à qualidade, desempenho e segurança da prestação de serviços e dos usuários, além de prejuízos financeiros", aponta o MPMG.
As diligências têm o objetivo de apreender documentos, computadores, telefones celulares e dispositivos eletrônicos pessoais dos envolvidos.
Bloqueio milionário
Também foram deferidas pelo Juízo o bloqueio de bens dos envolvidos, da ordem de R$ 132.261.429,20 milhões de reais à Unidade de Combate ao Crime e à Corrupção (UCC), com o intuito de garantir o futuro ressarcimento dos danos causados ao patrimônio da empresa pública e aos consumidores e usuários do serviço.
A ação é integrada com o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP), com as Polícias Civis de Minas Gerais e de São Paulo e com a Secretaria de Estado da Fazenda de Minas Gerais.