Com Itasat
A secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, e o comandante do Corpo de Bombeiros, Coronel Edgard Estevão, sobrevoaram a Serra do Curral, na tarde deste domingo (11), para fazer um monitoramento da situação do parque. A área sofre, desde sexta-feira (9), com um incêndio de grandes proporções, que chegou a ameaçar o Parque das Mangabeiras, as antenas de transmissão de rádio e algumas residências do aglomerado da serra.
Os profissionais da perícia técnica da Polícia Civil também participaram da ação por terra. Segundo a secretária do Meio Ambiente, a polícia deve iniciar um processo de investigação para identificar se o incêndio foi criminoso e, assim, responsabilizar o autor. “Após a conclusão do incêndio florestal, a gente irá fazer uma avaliação da área queimada e encaminhar um relatório à Polícia Civil. Dada a proporção e importância dessa região, nós estamos antecipando com a polícia o processo investigatório”, explicou Marília.
Apesar do apontamento de que a área queimada é de interesse da mineração, por parte da Tamisa, a secretária ressaltou que ainda não há nenhuma conclusão sobre as causas das chamas. A linha de fogo segue em direção à área da mineradora, mas sem afetar ou colocar em risco as edificações. “É um processo investigatório que primeiro tenta entender onde se iniciou e tenta identificar a autoria. Então poderemos responsabilizar tanto do ponto de vista administrativo, com multas ambientais, quanto do ponto criminal, porque incêndio florestal é crime”, reforçou.
Chamas continuam
De acordo com o Coronel Estevão, comandante geral do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais, o incêndio ainda não se encerrou e a corporação trabalha em diversas frentes no combate às chamas. Entretanto, o coronel comemora que a maior preocupação já se resolveu: “nós conseguimos proteger o Parque Municipal Serra do Curral, o Parque Municipal Mangabeiras e o Parque da Baleia. As estruturas também foram protegidas, bem como bem todas as antenas de comunicação”.
A linha de fogo continua com uma extensão de 1 quilômetro, mas o Corpo de Bombeiros ainda não possui levantamentos que apontem o tamanho da área vegetal queimada.
Tempo seco colabora para surgimento de focos
Segundo o comandante geral do Corpo de Bombeiros, os meses de agosto e setembro são tipicamente marcados pelo alto número de incêndios vegetais. Ainda assim, o coronel destaca que a corporação tem estado mais preparada neste ano.
A secretária de Meio Ambiente de Minas Gerais, Marília Carvalho de Melo, destacou a importância da prevenção e conscientização nesta época do ano. Segundo ela, 95% dos incêndios florestais tem causa humana. "A gente precisa ter uma atuação preventiva em relação ao que causa risco a incêndios florestais. Churrasco e fogueiras em áreas florestais não devem ocorrer de forma nenhuma nas unidades de conservação, nem no entorno”, reforçou a secretária.
Colocar fogo em vegetação seca, seja em áreas florestais ou urbanas, como lotes vagos, é crime. A denúncia pode ser feita para o próprio Corpo de Bombeiros Militar, pelo 193. “Nós estamos também trabalhando no apoio à polícia civil na investigação. É importante que toda a população possa colaborar neste sentido, também”, afirmou o Coronel Estevão.