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Humilhação

Perfil de vereador do Instagram de Sete Lagoas humilha cidadã que pediu um saco de cimento

Além de negar o pedido, o que, claro, é um direito do parlamentar, um assessor que disse se chamar Pedro zombou da humildade da cidadã

01/09/2023 14h15
Por: Redação

Em mais uma polêmica política envolvendo o vereador de Sete Lagoas e blogueiro Gilmar Junior Sousa, uma cidadã foi exposta e humilhada nas redes sociais do edil por simplesmente ter pedido um saco de cimento. Além de negar o pedido, o que, claro, é um direito do parlamentar, um assessor que disse se chamar Pedro zombou da humildade da cidadã, dizendo que o vereador não vendia saco de cimento e nem tinha depósito de construção.

O vereador também é blogueiro 

Como se não bastassem as ofensas, o perfil do vereador ainda publicou a conversa, mantendo a cidadã em anonimato. Isso, porém, não foi suficiente para que a publicação recebesse centenas de críticas. O político passou, então, a apagar vários comentários negativos. Ressalte-se que um saco de cimento em Sete Lagoas custa em torno de 35 reais.

No dia seguinte, diante da repercussão, foi mais fácil "culpar o estagiário". Em outra publicação, Gilmar Junior Sousa transferiu a responsabilidade para seu assessor, que a redação descobriu ser . Nela, o político não se desculpa em momento algum pelo ocorrido, justificando que tal atitude foi tomada por "estarmos sendo diariamente bombardeados por páginas fake e tentativas de me colocarem em xeque", tentando assim se eximir das críticas apagadas por ele em seu perfil.

Porém, ele não é dono de toda a internet e dezenas de comentários chegaram à redação da Folha afirmando terem sofrido do mesmo tipo de deboche por parte do vereador e de seus assessores. "Não foi só com essa pessoa que ele fez isso não. Comigo ele também fez isso. A casa de uma amiga pegou fogo e o assessor dele simplesmente respondeu que não poderia fazer filantropia. Todos os assessores do Junior Sousa são ordenados a falar a mesma coisa para as pessoas", diz a cidadã em áudio enviado à redação. 

Em outra publicação, o político afirma que irá ajudar a cidadã humilhada pelo perfil dele. Porém, em um áudio que chegou em nosso Whatsapp, o próprio vereador afirma que isso não é função de vereador. "Recebi uma mensagem de uma pessoa querendo me fazer um pedido. Ela queria dois sacos de cimento. Eu não sou assim. Espero que vocês entendam isso". Ou o vereador tem memória curta ou sofre de transtorno bipolar, pois em um momento diz que vai ajudar a moça e, em outro, diz que não é assim, que não é função de vereador, mudando de opinião ao sabor do vento (e das críticas) e mostrando ser uma pessoa nas redes sociais e outra nos bastidores.

Final feliz

Felizmente, o povo sete-lagoano é caridoso e se sensibilizou com a situação. A Folha, em parceria com a Só Cimentos Materiais de Construção, recebeu o contato da cidadã humilhada por Gilmar Junior Sousa e fará a doação não apenas do cimento, mas também de areia e outros materiais. "Recebemos o contato dela e conseguimos lhe dar essa notícia maravilhosa. Agradeço a Só Cimentos. Se você pensa em construir, valorize as empresas que têm solidariedade. Faremos a entrega, mas não vamos mostrar as pessoas envolvidas", afirma o jornalista Vamberto Teixeira, diretor da Folha de Sete Lagoas.

Recorrente

O vereador Gilmar Junior Sousa é treteiro contumaz nas redes sociais. No meio da pandemia da Covid-19, em 2020, chegou a publicar atestado de óbito de uma vítima sem autorização da família; também nesse ano divulgou notícia falsa de que o prefeito Duílio de Castro teria saído de uma padaria sem pagar a conta, pelo que foi lavrada representação contra ele por isso; ainda em 2020 recebeu nota de repúdio do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial de Sete Lagoas (COMPIR-SL) por ter publicado um vídeo em seu perfil com comentários de intolerância religiosa (semelhante a racismo) contra uma religião de matriz africana; e também foi processado pela empresa Medcom e seu diretor, Daniel Moreira, por calúnia e difamação, tendo perdido a causa em primeira instância. Agora, novamente, expõe todo seu preconceito contra os mais pobres e vulneráveis. Até quando?