Uma operação conjunta entre o Ministério Público, Polícia Civil, Receita Estadual de Minas e Receita Federal do Brasil (RFB), com a participação de fiscos e polícias em outras unidades da federação combate um milionário esquema de sonegação de tributos comandado por profissionais que atuam como corretores de milho, soja e feijão, envolvendo dezenas de empresas de fachada em oito estados e no Distrito Federal.
A força-tarefa mira 109 alvos, entre pessoas físicas e jurídicas, com mandados de busca e apreensão e quebra de sigilo bancário e telefônico. São cumpridos 73 são mandatos em Minas, 15 em Goiás, nove em São Paulo, cinco no Distrito Federal, dois no Paraná e na Bahia e um no Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e em Tocantins.
Em Minas, a maior parte dos mandados é em Unaí, na região Noroeste do estado. Em Belo Horizonte, uma pessoa é procurada.
Entre os alvos estão 55 corretores de grãos, 22 empresas responsáveis pela emissão de notas “frias”, produtores e compradores de grãos. Os materiais apreendidos permitirão a exigência do imposto não pago pelos produtores rurais.
Denominada “Quem viver verá”, a operação representa mais uma fase de um trabalho iniciado em 2017 pelos fiscos mineiro e federal, visando combater a “farra da nota fria” no setor de grãos.