Por Itasat
A Polícia Civil concluiu que o crime de tortura e assassinato da adolescente, de 16 anos, em Santa Luzia, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 11 de janeiro deste ano, pode ter sido motivado por ciúmes e também por demonstração de poder.
As investigações chegaram até essa conclusão após a polícia identificar que, antes do crime, os suspeitos chegaram a discutir com a vítima por causa do carro do amigo do namorado dela que teria sido danificado no local do assassinato.
Suspeitos
Seis pessoas foram presas por participação no crime, entre elas está a suposta amiga da vítima, que teria atraído a adolescente para o local. O mandante do assassinato, que seria o líder do tráfico e drogas na região, ainda está foragido.
Entenda
A delegada Adriana das Neves Rosa, titular da Delegacia Especializada de Homicídios de Santa Luzia, que investigou a morte, conversou com a imprensa e deu detalhes do crime.
“Quando a vítima, o namorado dela e o amigo dele saíram da casa da amiga, viram o carro danificado. Furaram os pneus do carro e danificaram a lataria também. Neste momento, iniciou-se uma discussão com o homem que dominava o tráfico no local por causa desses danos”, explica a delegada.
Após a briga, a jovem, o namorado e o amigo deixaram o veículo danificado no endereço e foram embora com um carro de aplicativo.
“Após esse momento, a vítima foi atraída novamente para casa da amiga. Usando o celular da amiga, os suspeitos teriam dito que iriam resolver pacificamente a situação. Mas eles já tinham a intenção de agredi-la e executá-la. O namorado disse que pediu para ela não retornar ao local, mas ela retornou ainda sim”, conta a delegada.
Ela completa: “Assim que a vítima chegou a casa, já foram iniciadas as agressões. Agressões de forma muito brutal, com pauladas e coronhadas”.
A delegada explica que o gerente do tráfico sentiu ciúmes pela vítima ter levado o amigo do namorado para ficar com a amiga dela. Isso porque o suspeito tinha um envolvimento com essa amiga. Por isso, ele teria agido de forma ainda mais cruel com a adolescente durante a tortura.
“Ele esquentou uma água, jogou soda cáustica e jogou na vítima. Tanto essa questão do ciúmes, como a questão que eles se sentiram desafiados pela vítima durante a discussão do carro, tiveram mais força como motivação do crime pelo fato das agressões terem sido tão violentas. O crime demonstra uma raiva muito mais pessoal. Torturaram antes de executá-la com a intenção de torturá-la mesmo”, esclarece.
Suspeito
Quem tiver informações do suspeito que está foragido, pode entrar em contato com a Polícia Civil pelo 181. Não é necessário se identificar para fazer a denúncia.