Por Itasat
A Polícia Federal vai analisar o conteúdo de documentos apreendidos nesta segunda-feira em uma operação interestadual de combate ao tráfico internacional de drogas. Os principais alvos eram dois empresários donos do hangar BHZ que fica no Aeroporto da Pampulha. Um deles foi preso na manhã desta segunda, o outro ainda é procurado.
Além dos mandados de prisão preventiva, também foram expedidos 20 mandados de busca e apreensão para serem cumpridos em Belo Horizonte, Lagoa Santa, na Grande BH, no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Goiânia.
Também foi estabelecido bloqueio de 29 contas bancárias e o sequestro judicial de bens avaliados em cerca de R$ 30 milhões, sendo cinco imóveis e oito aeronaves.
A investigação começou em outubro do ano passado, quando 175 quilos de cocaína foram encontrados pela polícia de Portugal após um voo particular, que saiu de Belo Horizonte, ter chegado em Lisboa. Os passageiros foram presos em flagrantes. A polícia descobriu que eles eram “mulas”, contratados apenas para fazer a entrega da droga na Europa.
Segundo a PF, seis empresas do ramo de aviação foram criadas e boa parte delas foi aberta com nomes de parentes e amigos dos suspeitos. “Foi possível ainda identificar que a organização teria utilizado ‘laranjas’ e ‘fantasmas’ para ocultação dos bens auferidos com a atividade criminosa”, informou a PF.
Muitos dos voos eram feitos pelo serviço de táxi aéreo sem a autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).