Por Itasat
Policiais federais cumprem nesta quinta-feira mandados de busca e apreensão em endereços de Belo Horizonte e de Oliveira, no Centro-Oeste de Minas, contra suspeitos de participarem de um esquema de irregularidades em contratos de obras de manutenção rodoviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) em Minas.
Conforme a Polícia Federal (PF), trata-se de mais duas fases Operação Policial RotaBR-090, que investiga formas utilizadas para lavagem de recursos auferidos com fraudes supostamente praticadas por um fiscal do DNIT e por um empresário, alvos da fase inicial da operação. As etapas desta quinta receberam os nomes de “Pique-esconde 1” e “Pique-esconde 2”.
Segundo a PF, durante a análise do material apreendido na 1ª fase da Rota BR-090 verificou-se a existência de indícios de ocultação de patrimônio e recebimento de vantagens indevidas por meio da utilização de outras pessoas físicas e jurídicas ligadas aos investigados.
“A PF representou por sete mandados de busca e apreensão, além de 29 afastamentos de sigilos fiscal e bancário, todos expedidos pela 4ª Vara Federal Criminal de Minas Gerais. A deflagração contou com a participação de 29 policiais federais e cinco auditores da CGU, que cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em Belo Horizonte e três em Oliveira. Os investigados poderão responder por lavagem de dinheiro, cuja pena capitulada pelas condutas criminosas pode chegar a 10 anos de prisão, se condenados”, informa nota da PF.
Ainda conforme a PF, na 1ª fase da operação servidores públicos e empresas responsáveis pelo desvio de recursos públicos do DNIT na região de Oliveira foram investigados.
“Apurações posteriores identificaram que a supervisora dos contratos teria participado do esquema delituoso, ocasionando a deflagração da 2ª fase. Duas das empresas investigadas também estariam agindo junto a servidores públicos nas regiões das cidades mineiras de Prata e Teófilo Otoni, resultando na deflagração da 3ª Fase da Operação. A 4ª fase tratou da ampliação das investigações sobre as duas empresas citadas, visto que também teriam atuado de forma fraudulenta em contratos da região de Uberlândia/MG; além de haver indícios de que teriam se utilizado de uma terceira pessoa jurídica para que o grupo criminoso continuasse atuando na região do Prata, sem chamar a atenção dos órgãos de controle”, diz a PF.
A PF criou um canal de denúncias para auxiliar no combate a crimes que perpetuam essa realidade: [email protected].