A Polícia Civil (PC) cumpriu nesta quinta-feira um mandado de busca e apreensão em que colheu documentos na casa do jornalista Bruno Azevedo, suspeito de estelionato, em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Oito pessoas constam como vítimas em um esquema de pirâmide financeira que teria sido montado pelo jornalista e gerado um prejuízo de pelo menos R$ 6 milhões.
O caso chegou à PC em novembro, após Bruno desaparecer e familiares dele pedirem ajuda. Segundo o chefe do Departamento de Investigações Contra Fraudes, delegado Domiciano Monteiro, o jornalista teria deixado a cidade por vontade própria.
“Primeiramente, ele se deslocou para Patos de Minas (no Alto Paranaíba) e, depois, para Goiás. Paralelamente, compareceram no Departamento de Investigação de Fraudes pessoas que se diziam vítimas do jornalista, apresentaram comprovantes bancários e conversas de Whatsapp que indicavam que o jornalista estava iludindo essas pessoas a fazer um investimento. Elas acabaram tomando um prejuízo milionário”, disse.
O delegado Marlon Pacheco explicou que as vítimas acreditavam se tratar de um investimento em horários de publicidade na rádio Itatiaia. “Como toda pirâmide financeira, os primeiros investidores acabam recebendo alguma coisa, mas eles eram remunerados com o próprio dinheiro investido.” Segundo o delegado, o esquema teria sido realizado nos últimos cinco anos. Pacheco observou que o jornalista ficou em silêncio quando foi à delegacia.
O delegado relatou que a Itatiaia é uma das vítimas. “Não temos qualquer elemento que vincule a rádio aos fatos praticados por ele”, comentou.