Por Itasat
A Polícia Civil descarta a hipótese de sabotagem na contaminação por dietilenoglicol em cervejas da Backer. A informação foi confirmada pelo delegado Flávio Grossi em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, dia em que a investigação sobre a empresa completa três meses.
“Neste momento, a linha de sabotagem é descartada, nós não evoluímos com essa hipótese e ela já foi retirada. A negligência é uma das linhas que está sendo investigada”, disse o delegado.
O delegado afirmou estar perto de terminar a perícia que avalia a possibilidade de ter havido um vazamento no tanque em que a cerveja é resfriada. Outra análise que está no fim é a de como a substância foi parar na fábrica. “Existia o dietilenoglicol dentro da cervejaria, e ela (a Backer) não comprou mesmo ou comprou acreditando ser monoetilenoglicol”, disse.
Grossi não considera que a investigação tem sido demorada. “São várias frentes de atuação de várias ciências distintas. A investigação demanda a oitiva de várias pessoas de vários locais de Minas. Entender a cadeia de acontecimento da contaminação é complexo. É um tempo razoável pela complexidade do caso”, afirmou.
São 42 casos suspeitos de intoxicação por dietilenoglicol relacionados ao consumo de cervejas da Backer. Quatro mortes pela contaminação foram confirmadas e cinco são investigadas.