Por Itasat
A Polícia Militar (PM) usou bombas na tarde deste domingo para dispersar um protesto contra o presidente Jair Bolsonaro na avenida Paulista, na cidade de São Paulo. Imagens dos canais Globonews e CNN Brasil mostram a tropa de choque avançando contra os manifestantes, que revidavam com pedras. Os ativistas são ligados a torcidas organizadas e a movimentos sociais.
Cerca de 30 minutos antes, os policiais já haviam usado bombas de efeito moral para impedir um conflito na via entre dois manifestantes anti e pró-governo.
A assessoria da PM informou que alguns participantes do ato contra Bolsonaro foram detidos com canivetes, artefatos químicos e fogos de artifício. O secretário-executivo da PM, coronel Álvaro Batista Camilo, afirmou à Globonews que a dispersão ocorreu após pedras serem jogadas contra policiais. Ele defendeu que a operação está sendo realizada para evitar confrontos entre esses manifestantes e o grupo pró-presidente, que se concentra a poucos metros dali.
"(Os manifestantes) partiram para um radicalismo muito forte, ao confronto com a polícia. Não é o que geralmente acontece", afirmou o militar.
Ele ressaltou, contudo, que não é possível saber se as pedras vieram do protesto pró ou anti-governo. "Vimos animosidades dos dois grupos", disse. "E o Choque (Batalhão de Choque da PM) está lá exatamente por isso, para evitar que eles se confrontem ainda mais."
O policial ressaltou que a corporação não defende "partido e nem grupos ideológicos" e que, por orientação do governador de São Paulo, João Doria (PSDB), deve defender a democracia e a liberdade de expressão.