Por Itasat
Campanhas educativas em todo o país, promovidas pelos órgãos de trânsito, marcam a passagem nesta sexta-feira dos 12 anos da Lei Seca. Embora muita gente ainda insista em dirigir depois de consumir bebida alcoólica, a lei trouxe importantes avanços na luta contra as mortes no trânsito e obrigou motoristas, em geral, a rever hábitos e comportamentos. Ao longo do tempo, a Lei Seca passou por várias alterações, todas no sentido de endurecer as punições.
Duzentas e vinte e cinco mil multas foram aplicadas desde o início da Lei Seca há 12anos em Minas. Quando comparamos o primeiro ano da legislação no Brasil com 2019, o número de infrações praticamente dobra. É o que explica o delegado Rodrigo Fagundes, responsável pela Delegacia Especializada em Prevenção e Investigação de Crime de Trânsito.
“Em 2018, nós tivemos uma lei que intensificou a questão da penalidade. O indivíduo que retira a vida de alguém conduzindo um veículo sob o efeito do álcool tem uma pena tem cinco a oito anos e efetivamente após o devido processo legal ele pode ser levado ao cárcere porque a pena é elevada. O mesmo eu digo para aquele indivíduo que acarreta na pessoa lesão de ordem grave ou gravíssima pois a penalidade passou a ser de dois a cinco anos. Nesse raciocínio nós vemos que o legislador está preocupado com essa situação e cada dia mais vai endurecendo a penalidade”, relatou.
A Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Minas Gerais informou que o Estado já soma, só nos primeiros meses deste ano, 1.429 acidentes causados pela mistura de álcool e direção.